O crescimento acelerado da tecnologia e consequentemente do uso das
"redes sociais" alterou o comportamento do homem refletindo em toda
sociedade; muito embora pareça que com o surgimento dessas redes, tenha
se estreitado laços entre pessoas de diversas partes do mundo, ao mesmo
tempo, esta prática tem aumentado de forma gradual a distância física
entre as pessoas.
Surgiu o home office, que trás a comodidade de trabalhar sem sair de
casa, livre dos transtornos atuais da mobilidade, pagamento de contas,
fazer compras, fazer uma faculdade a distância...
É louvável as facilidades e as comodidades que a tecnologia nos
possibilita, desde a execução de simples tarefas diárias às mais
complexas, mas esta mesma tecnologia que gera conforto, comodidade,
fascínio e segurança, também está gerando pessoas egocêntricas,
desconfiadas, que se senta à mesa para as refeições, cada um com seu
aparelho conectado a alguém do outro lado do oceano e distante do par
que está ao lado ou à frente, desencadeando uma postura defensiva e
omissa nas relações interpessoais do cotidiano e alheia ao seu meio.
O impacto das redes sociais no cotidiano dos usuários vai muito além
do entretenimento, de acordo com um estudo do Instituto de Tecnologia
Política de Washington, nos Estados Unidos. Além de afetar o sono,
reduzir o número de encontros presenciais com os amigos, segundo o
estudo, com 17 minutos perdidos no "mundo real", em um ano, isso
equivale a cerca de 18 dias a menos gastos na tarefa de ver e estar com
os amigos.
No caso dos jovens, o uso da internet tem afetado o tempo que eles
dedicam aos estudos. Pessoas entre 15 e 19 anos desperdiçam 0,3 minuto
de estudo para ficar navegando em redes sociais. No final do dia, isso
equivale a cerca de sete horas. No caso das horas de sono, sete minutos
são desperdiçados.
O tempo gasto vendo TV também está caindo. Para cada minuto de
atividade online, 0,28 minuto a menos é usado para assistir à televisão.
Isso equivale a quase sete horas a menos por dia.
Apesar de predominar entre o público jovem, o uso das redes sociais
dominou todas as faixas etárias e gêneros, que têm acesso não só pelo
computador das empresas, mas também por meio dos smartphones, que vêm
aumentando exponencialmente no Brasil. Segundo a pesquisa, em
consequência disso, a venda desses aparelhos no país cresceu 78% em 2012
sobre o ano anterior. O referido estudo aponta também a redução em 25%
da produtividade no trabalho. Para cada hora gasta navegando nas redes
sociais, cerca de 16 minutos de trabalho são perdidos. Ao longo do mês,
são oito dias a menos de trabalho. O número equivale a cerca de 25% a
menos de produtividade, em média.
No que diz respeito aos empregados, o conselho que lhes toca é o
seguinte - se você tem um minutinho livre, aproveite o para tomar um
café na companhia de um colega, bater um papo informal ou apenas
descanse. Esta postura será mais agregadora do que se sentar à frente do
monitor, ou no smartphone visitando perfis e lendo seus status, que
nada agregará.
As organizações estão sendo obrigadas a passar por diversas
transformações para adaptar os profissionais mais jovens (Geração Y),
que têm contato direto e frequente com novas tecnologias e internet e
que possam interagir de forma salutar e produtiva com as demais
gerações, sem prejuízos, levando em conta o ramo de atividade e a função
exercida. É uma prática comum, especialmente em grandes empresas onde
há um uso rotineiro do computador, que se estabeleçam de forma clara,
regras para o seu uso, mas o importante é desenvolver programas e ações
visando engajar os funcionários com o seu trabalho, priorizando-o. Desta
forma o uso das redes sociais poderá ser muito menor durante o
expediente. Já para os colaboradores, seria interessante estabelecer
horários para esta prática, não permitindo interferência na sua evolução
profissional e suas relações.
Mestranda em Ciências da Educação. Especialista e Psicologia Organizacional e do Trabalho. Personal Coach Certification. Membro do Conselho Consultivo da ABRH Brasil, Gerente de Recursos Humanos do Grupo Pisolar e Diretora da Norhal Brasil - Consultoria, Treinamento e Eventos.
Andréa Lima Turma de RH - Idecc/ Messejana
Nenhum comentário:
Postar um comentário